Mendonca Filho

PEC da Segurança: Proposta Almeja barrar progressão de pena para líderes de

Geral

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, tem como um de seus principais objetivos endurecer as penas para líderes de facções criminosas. A medida, que visa combater o avanço da criminalidade organizada no país, propõe a proibição da progressão de pena para esses indivíduos, buscando impedir que eles obtenham benefícios como a progressão para regimes prisionais mais brandos. A iniciativa, no entanto, enfrenta desafios jurídicos e políticos, gerando debates acalorados sobre a sua constitucionalidade e eficácia. A discussão em torno da PEC da Segurança reflete a crescente preocupação com a segurança pública no Brasil e a busca por soluções para enfrentar o crime organizado.

Endurecimento Penal em Debate

A proposta de proibir a progressão de pena para líderes de facções criminosas é o ponto central da discussão em torno da PEC da Segurança. O argumento por trás dessa medida é que esses indivíduos representam uma ameaça constante à sociedade, mesmo quando estão presos, e que a progressão de pena poderia facilitar a sua atuação criminosa.

Óbices Jurídicos e Entendimento do STF

A proposta, no entanto, enfrenta resistência no âmbito jurídico. O Supremo Tribunal Federal (STF) já se manifestou contrariamente à vedação automática da progressão de pena, considerando-a inconstitucional. A Corte entende que cada caso deve ser analisado individualmente, levando em consideração o comportamento do preso e o seu grau de ressocialização.

Domínio Social Estruturado e o PL Antifacção

Apesar do entendimento do STF, o relator da PEC da Segurança busca sustentar o endurecimento penal específico para chefes de organizações criminosas enquadradas no crime de Domínio Social Estruturado. Esse dispositivo, aprovado no PL Antifacção, trata do controle territorial por meio de violência e restrições à circulação de pessoas e serviços.

Guardas Municipais e a Segurança Pública

Outro ponto sensível da PEC da Segurança é a eventual inclusão das guardas municipais entre os órgãos de segurança pública previstos na Constituição. Essa mudança visa reconhecer o papel das guardas municipais no policiamento ostensivo e comunitário, especialmente em áreas urbanas.

Resistência das Polícias Militares

A inclusão das guardas municipais no rol dos órgãos de segurança pública enfrenta resistência por parte das Polícias Militares, que temem uma sobreposição de funções e uma disputa por recursos. No entanto, o governo defende a atualização, argumentando que as guardas municipais já atuam no policiamento ostensivo e comunitário, conforme autorizado pelo STF.

Atuação e Ampliação da Polícia Rodoviária Federal

Durante as negociações, houve um acordo para manter a denominação Polícia Rodoviária Federal (PRF). No entanto, a corporação terá suas atribuições ampliadas para hidrovias e ferrovias, atuando em conjunto com as forças estaduais.

Conclusão

A PEC da Segurança representa uma tentativa de reorganizar a política nacional de segurança pública em meio ao crescimento da criminalidade no Brasil. A proposta, no entanto, enfrenta desafios jurídicos e políticos, especialmente no que diz respeito ao endurecimento penal para líderes de facções criminosas e à inclusão das guardas municipais entre os órgãos de segurança pública. O debate em torno da PEC da Segurança reflete a complexidade da questão da segurança pública no Brasil e a necessidade de soluções eficazes e que respeitem os direitos e garantias fundamentais.

FAQ

1. Qual o principal objetivo da PEC da Segurança?

O principal objetivo da PEC da Segurança é reorganizar a política nacional de segurança pública, buscando endurecer as penas para líderes de facções criminosas e ampliar o papel das guardas municipais no policiamento ostensivo e comunitário.

2. Qual o principal obstáculo jurídico à proposta de proibir a progressão de pena para líderes de facções?

O principal obstáculo jurídico é o entendimento do STF, que já se manifestou contrariamente à vedação automática da progressão de pena, considerando-a inconstitucional.

3. Qual a principal resistência à inclusão das guardas municipais entre os órgãos de segurança pública?

A principal resistência vem das Polícias Militares, que temem uma sobreposição de funções e uma disputa por recursos.

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Fonte: https://www.infomoney.com.br