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Polícia Italiana Solicita documentos de Grifes de luxo em investigação Trabalhista

Geral

A polícia italiana está investigando possíveis abusos trabalhistas na cadeia de suprimentos de grandes marcas de luxo. Em uma operação realizada nesta quarta-feira, agentes visitaram as sedes de 13 empresas renomadas, solicitando a apresentação de documentos detalhados sobre governança e controles da cadeia de suprimentos. A ação faz parte de uma investigação mais ampla sobre a exploração de trabalhadores em subcontratadas do setor, visando avaliar o grau de envolvimento das empresas e a eficácia de seus modelos de conformidade para prevenir tais abusos. As autoridades buscam garantir a integridade do selo “Made in Italy” e proteger a reputação global da indústria da moda italiana, que representa uma parcela significativa da produção mundial de bens de luxo.

Grifes Alvo da Investigação

Treze marcas de renome internacional estão envolvidas na investigação, com a polícia solicitando documentos detalhados sobre suas operações e cadeias de suprimentos. A lista inclui nomes como Dolce & Gabbana, Versace, Prada, Adidas Italy, Off-White Operating, Missoni, Ferragamo, Givenchy Italia, Alexander McQueen Italia, Gucci (do grupo Kering), Yves Saint Laurent Manifatture, Cris Conf. (Pinko) e Coccinelle. É importante ressaltar que, até o momento, nenhuma dessas empresas está sob investigação formal, e os promotores não solicitaram intervenção judicial contra elas.

Motivação da Solicitação de Documentos

A inclusão dessas 13 marcas na investigação decorre de buscas realizadas em oficinas de propriedade chinesa, que já haviam levado à administração judicial de outras seis empresas. Durante essas operações, foram encontradas peças de vestuário e documentos de subcontratação relacionados às marcas agora sob escrutínio. A polícia busca determinar se as empresas estão cientes das condições de trabalho em suas cadeias de suprimentos e se seus modelos de governança e controle são adequados para prevenir abusos.

Escopo da Documentação Exigida

A polícia italiana solicitou uma vasta gama de documentos às empresas, abrangendo desde informações básicas de governança até detalhes sobre os sistemas de controle interno e as práticas de auditoria.

Documentos de Governança e Controle Interno

Os documentos exigidos incluem extratos completos do registro histórico das empresas, contratos de prestação de serviços e relações interempresariais, organogramas corporativos, descrições de cargos para funcionários envolvidos na seleção e gestão de fornecedores, e atas de reuniões do conselho e dos auditores estatutários. Além disso, as autoridades buscam informações sobre os procedimentos de credenciamento e monitoramento de fornecedores, as práticas operacionais e instruções para o monitoramento de contratados.

Avaliação de Riscos e Atividade de Auditoria

As empresas também devem fornecer documentos relacionados à avaliação de riscos, como o modelo de gestão e controle, as atas do órgão de supervisão, o código de conduta, o registro de denúncias, uma lista de sanções disciplinares e os registros de treinamento. Por fim, a polícia exige informações sobre a atividade de auditoria, incluindo o plano de trabalho e as conclusões da função de auditoria, listas de fornecedores e subcontratados, cópias dos contratos assinados com as oficinas sob investigação e quaisquer sistemas de rastreamento de produtos.

Próximos Passos e Potenciais Consequências

Após a entrega da documentação solicitada, as empresas terão a oportunidade de abordar quaisquer problemas identificados e ajustar seus modelos organizacionais por iniciativa própria. Caso contrário, os promotores de Milão reservam-se o direito de tomar outras medidas preventivas ou cautelares. A investigação em curso reflete a crescente preocupação com a exploração trabalhista na cadeia de suprimentos da moda de luxo na Itália.

FAQ

1. Quais marcas estão sendo investigadas?
Treze marcas de luxo estão envolvidas na investigação: Dolce & Gabbana, Versace, Prada, Adidas Italy, Off-White Operating, Missoni, Ferragamo, Givenchy Italia, Alexander McQueen Italia, Gucci (do grupo Kering), Yves Saint Laurent Manifatture, Cris Conf. (Pinko) e Coccinelle.

2. As marcas estão sob investigação formal?
Até o momento, nenhuma das marcas está sob investigação formal, e os promotores não solicitaram intervenção judicial contra elas.

3. Quais documentos foram solicitados às empresas?
A polícia solicitou uma vasta gama de documentos, incluindo informações sobre governança, sistemas de controle interno, avaliação de riscos e atividade de auditoria.

Acompanhe as atualizações desta investigação para ficar por dentro das próximas etapas e potenciais impactos na indústria da moda de luxo.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br