O Chile se prepara para um segundo turno nas eleições presidenciais, marcado para 14 de dezembro. A disputa será entre Jeannette Jara, representante da coalizão de esquerda, e Jose Antônio Kast, candidato da ultradireita, conforme informações do presidente Gabriel Boric.

No domingo, mais de 15 mil eleitores foram convocados às urnas para escolher o próximo presidente, que governará o país de 2026 a 2030. Além da eleição presidencial, os cidadãos também votaram para eleger deputados e senadores.

Este pleito marcou o retorno da obrigatoriedade do voto no Chile, uma medida que não era implementada desde 2012. A ausência não justificada nas urnas implica em multa para o eleitor.

A segurança pública emergiu como a principal preocupação dos eleitores chilenos. O aumento da criminalidade, refletido no quase triplo do índice de homicídios por 100 mil habitantes entre 2015 e 2024, impulsionou o tema ao centro do debate eleitoral. A preocupação com a segurança se intensificou com a onda migratória de venezuelanos e a atuação da gangue Trem de Arágua, originária da Venezuela, o que levou à associação frequente entre criminalidade e imigração.

Jeannette Jara, de 51 anos, integra a atual coalizão governamental. Sua candidatura marca um momento histórico, sendo a primeira vez que uma candidata comunista concorre à presidência do Chile desde o restabelecimento da democracia. Jara entra na disputa como uma das favoritas, liderando a maioria das pesquisas de opinião.

Jose Antonio Kast, que já disputou a presidência em duas ocasiões anteriores, tem demonstrado recuperação nas pesquisas. Sua plataforma de linha dura contra o crime tem atraído eleitores, colocando-o em segundo lugar nas intenções de voto.

O vencedor do segundo turno assumirá o cargo em 11 de março de 2026.

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Fonte: www.cnnbrasil.com.br