A Polícia Federal (PF) revelou que Alessandro Stefanutto, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), supostamente recebia R$ 250 mil mensais em propina. O esquema envolvia descontos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!A acusação faz parte do relatório de investigação que subsidiou a nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal.
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelas investigações, determinou a prisão de Stefanutto.
Segundo a PF, o ex-presidente, que tinha influência na Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), utilizava empresas de fachada para receber a propina. Entre os negócios usados estariam uma pizzaria, uma imobiliária e um escritório de advocacia.
Os investigadores afirmam que Stefanutto era conhecido na investigação pelo codinome “Italiano”. Grande parte dos pagamentos, conforme a apuração, ocorreu entre junho de 2023 e setembro de 2024.
De acordo com a PF, Stefanutto recebia propinas recorrentes em troca de sua influência, ocultando os valores através de diversas empresas de fachada. Após assumir a presidência do INSS, o valor mensal da propina teria aumentado significativamente para R$ 250 mil. Os pagamentos supostamente provinham do desvio de recursos da Conafer.
Para os investigadores, Stefanutto desempenhou um papel de facilitador no esquema. Antes de se tornar presidente do INSS, ele atuou como procurador do órgão.
A PF concluiu que Stefanutto facilitou juridicamente a celebração do acordo da Conafer em 2017 e, posteriormente, blindou o esquema em sua função como presidente do INSS, resultando no aumento da propina mensal para R$ 250 mil.
Os investigadores afirmam que o pagamento de propina era necessário para manter as fraudes de descontos não autorizados.
Segundo o relatório, a fraude envolvia mais de 600 mil vítimas e gerava milhares de reclamações judiciais e administrativas.
A defesa de Alessandro Stefanutto declarou que não teve acesso ao teor da decisão que resultou na prisão, argumentando que se trata de uma prisão ilegal, uma vez que Stefanutto tem colaborado com a investigação.
A Conafer declarou estar disposta a cooperar com as autoridades para elucidar os fatos, defendendo a presunção de inocência de seus integrantes, que também foram alvo da operação. A entidade confia nas instituições e exige que sejam respeitados os direitos fundamentais dos investigados.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

