Ministro da Justiça defende integração de dados de segurança com o Mercosul
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Em Brasília, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, defendeu a integração de dados de segurança com as nações do Mercosul. A declaração ocorreu durante o anúncio de um acordo de cooperação com ministros de segurança dos países que compõem o bloco, visando fortalecer o combate ao tráfico de pessoas.
Lewandowski relembrou que o projeto de Lei Antifacção, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados, prevê a criação do Banco Nacional de Informações sobre o Crime Organizado. “Eu tenho a certeza que essa comissão vai evoluir para criar um banco regional de dados sobre os criminosos, sobretudo sobre os faccionados, aqueles que são membros de organizações criminosas”, acrescentou o ministro.
Enrique Escudero, ministro do Interior do Paraguai, enfatizou que a integração é fundamental no combate ao crime organizado. Ele acredita que os acordos com os países do Mercosul serão ampliados, representando o caminho para enfrentar as facções criminosas. “Mais do que enfrentá-los, precisamos ser mais criativos, mais rápidos, porque senão é uma luta assimétrica”, declarou Escudero, que assumirá a presidência pró tempore do grupo de ministros responsáveis pela segurança pública.
O acordo de cooperação no combate ao tráfico de pessoas, segundo Lewandowski, representa um avanço importante contra o flagelo que afeta os países do bloco. “Agora temos um instrumento de cooperação para combater esse crime porque muitas vezes é dirigido contra pessoas indefesas”, destacou o ministro brasileiro, mencionando também a criação de uma comissão e uma estratégia do Mercosul contra o crime organizado transnacional.
“Uma estratégia com o objetivo de curto, médio e longo prazo que permitirá uma integração ainda maior dos Estados-membros do Mercosul”, completou Lewandowski.
Adicionalmente, foi firmada uma declaração conjunta para a segurança do corredor viário bioceânico, que promoverá a ligação terrestre e hidroviária do Atlântico ao Pacífico. Uma declaração de vigilância de crimes que afetam o meio ambiente também foi assinada.
Alejandra Montioliva, Secretária de Seguridade Nacional da Argentina, ressaltou que nenhum país pode enfrentar o crime organizado de forma isolada. “A articulação de respostas em nossos países requer, e aí vamos com a segunda conclusão, cooperação e integração. Essa cooperação tem que ter viabilidade técnica e viabilidade política. Sem isso é impossível”, ponderou a ministra argentina.
Segundo Lewandowski, os acordos de cooperação são declarações de intenções que serão materializadas em ações e programas concretos pelas equipes dos países. O ministro paraguaio complementou que as autoridades do bloco estão se atualizando constantemente, pois o crime organizado tem adotado práticas inimagináveis há algumas décadas. Ele citou a ciberdelinquência como um exemplo de crime que não era tão presente no passado e hoje está incorporado aos acordos de segurança do Mercosul.
O ministro paraguaio lamentou que o tráfico de drogas continue a destruir vidas em todo o continente, classificando-o como um problema de segurança pública e de saúde pública.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

