A indústria brasileira avalia que a recente decisão dos Estados Unidos de retirar tarifas recíprocas de 10% para produtos agrícolas pode beneficiar outros países em detrimento do Brasil. Apesar do recuo parcial anunciado, grande parte dos produtos brasileiros continua sujeita a uma sobretaxa de 40% para entrar no mercado americano.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), países que não enfrentam essa sobretaxa terão uma vantagem competitiva sobre o Brasil nas vendas para os Estados Unidos. O presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatizou a importância de negociar rapidamente um acordo para que os produtos brasileiros possam competir em melhores condições no principal destino das exportações industriais do país.
A análise preliminar da CNI aponta que a medida do governo americano se aplica a 80 itens exportados pelo Brasil para os Estados Unidos, incluindo carne bovina, tomates, café e bananas. No entanto, apenas quatro produtos – três tipos de suco de laranja e castanha do Pará – serão isentos de taxas. Os demais 76 produtos, incluindo setores importantes para o Brasil como carne bovina e café não torrado, continuarão com a sobretaxa de 40%.
Em 2024, as exportações brasileiras para os EUA desses 80 produtos totalizaram US$ 4,6 bilhões, representando cerca de 11% do total, conforme dados da CNI.
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) também se manifestou sobre o assunto, considerando a medida anunciada como positiva, mas de caráter limitado para os produtos brasileiros. A entidade destaca que persistem dúvidas sobre a manutenção da sobretaxa de 40%, que continua a afetar a competitividade de setores como carnes e café, essenciais para a indústria.
De acordo com a FIEMG, o impacto prático do recuo das tarifas de 10% ainda é incerto, especialmente para produtos em que o Brasil é um fornecedor importante para o mercado americano. O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, afirmou que a decisão demonstra disposição ao diálogo, mas é necessário avançar mais para remover todas as barreiras adicionais e restabelecer condições adequadas de competitividade para a indústria.
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Fonte: www.cnnbrasil.com.br

