A visita do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a Israel nesta quinta-feira (4/12) gerou repercussão, especialmente após seu encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e outras autoridades do alto escalão. O encontro acontece em um momento de tensão geopolítica no Oriente Médio, intensificada pelo conflito entre Israel e Hamas, e levanta questões sobre a postura do Brasil em relação ao país. A viagem de Eduardo Bolsonaro, autoexilado nos EUA, demonstra o alinhamento ideológico com o governo israelense e a busca por fortalecer laços entre os dois países. A relação, que já foi próxima durante o governo de Jair Bolsonaro, enfrenta um período de incertezas com a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, crítico das ações militares israelenses. A presença e o apoio manifestado pelo deputado Bolsonaro em Israel indicam a busca por manter viva a parceria entre os dois países, mesmo em meio a divergências políticas internas no Brasil.
Encontro com Netanyahu e Elogios de Autoridades Israelenses
Recepção no Knesset e Declarações de Amir Ohana
Eduardo Bolsonaro foi recebido no Knesset, o parlamento israelense, pelo presidente da casa, Amir Ohana, que o descreveu como um “funcionário público fiel”, elogiando sua coragem e clareza. Ohana enfatizou que essas características fazem de Eduardo um “verdadeiro amigo de Israel” e um defensor da liberdade. A recepção calorosa e as declarações elogiosas reforçam a percepção de que o deputado brasileiro é visto como um importante aliado no cenário político israelense. A visita ocorre em um momento delicado para as relações entre Brasil e Israel, especialmente considerando a postura crítica do governo Lula em relação à política israelense em relação aos palestinos.
Apoio à Política Militar de Israel e Críticas ao Hamas
Em suas declarações, Eduardo Bolsonaro expressou total apoio à política militar de Netanyahu, defendendo Israel contra o que chamou de “terroristas que queimam mulheres vivas e colocam bebês em fornos”. O deputado brasileiro argumentou que Israel está na linha de frente na defesa da civilização contra a barbárie e que sua queda representaria um golpe para o Ocidente. Ele também acusou grupos contrários a Israel de quererem “varrer Israel, tal qual sonhou Hitler”, demonstrando uma visão alinhada com a narrativa do governo israelense sobre o conflito com o Hamas e outros grupos palestinos. A postura de Eduardo Bolsonaro reflete um posicionamento ideológico conservador e um forte alinhamento com a política externa israelense.
Relações Brasil-Israel e o Cenário Político
Histórico de Relações Próximas e Divergências Atuais
A família Bolsonaro sempre manteve uma relação próxima com o governo de Israel, impulsionada por convergências ideológicas e valores conservadores. Durante a gestão de Jair Bolsonaro, foram firmados acordos de cooperação entre os dois países e o ex-presidente visitou Jerusalém. No entanto, as relações se esfriaram com a ascensão de Luiz Inácio Lula da Silva, que tem criticado as ações militares de Israel contra os palestinos. A visita de Eduardo Bolsonaro e suas declarações demonstram a intenção de manter viva a parceria entre os dois países, mesmo diante das divergências políticas e ideológicas entre os governos.
Acusações contra Lula e o Impacto nas Relações Bilaterais
Eduardo Bolsonaro afirmou que autoridades israelenses, como Amir Ohana, têm a percepção de que o presidente Lula é “pró-Hamas”. Essa acusação, ainda que não oficial, pode ter um impacto negativo nas relações bilaterais, especialmente se o governo israelense adotar uma postura mais crítica em relação ao Brasil. A polarização política interna no Brasil se reflete nas relações com outros países, com diferentes atores políticos defendendo posições divergentes em relação a questões como o conflito Israel-Palestina.
Conclusão
A visita de Eduardo Bolsonaro a Israel e seu encontro com Benjamin Netanyahu demonstram a busca por manter viva a parceria entre os dois países, mesmo em meio a divergências políticas e ideológicas entre os governos. As declarações do deputado brasileiro e a recepção calorosa das autoridades israelenses indicam que ele é visto como um importante aliado no cenário político local. No entanto, as acusações contra Lula e a polarização política interna no Brasil podem ter um impacto negativo nas relações bilaterais, especialmente se o governo israelense adotar uma postura mais crítica em relação ao Brasil. O futuro das relações entre os dois países dependerá da capacidade dos governos de superar as divergências e encontrar pontos de convergência em áreas de interesse mútuo.
FAQ
1. Qual o motivo da visita de Eduardo Bolsonaro a Israel?
A visita tem como objetivo fortalecer os laços entre Brasil e Israel, demonstrando apoio ao governo israelense e defendendo suas políticas.
2. Qual a posição do governo Lula em relação a Israel?
O governo Lula tem sido crítico das ações militares de Israel contra os palestinos, o que gerou um esfriamento nas relações bilaterais.
3. Quais as possíveis consequências das declarações de Eduardo Bolsonaro para as relações Brasil-Israel?
As declarações podem gerar tensões diplomáticas e dificultar a retomada de uma relação mais próxima entre os dois países, especialmente se o governo israelense adotar uma postura crítica em relação ao Brasil.
Quer saber mais sobre as relações internacionais do Brasil? Acompanhe nossas notícias e análises para ficar por dentro dos principais acontecimentos e seus impactos!
Fonte: https://www.metropoles.com