Mais de 15,6 milhões de chilenos estão aptos a votar neste domingo para eleger o próximo presidente, que governará o país pelos próximos quatro anos. Além da escolha presidencial, a população também renovará o parlamento, votando para deputados e senadores.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Diferentemente das eleições de 2021, marcadas pelo debate sobre o processo constituinte após os protestos de 2019, a criminalidade emerge como a principal preocupação dos eleitores neste ano. A segurança pública tem dominado os discursos dos candidatos e as discussões em torno do pleito.
Observadores políticos notam que o tom da campanha eleitoral reflete essa mudança de prioridade. Candidatos adotam uma postura mais reformista do que “refundacional”, com foco em propostas concretas para áreas como segurança, crescimento econômico e aprimoramento do Estado.
A eficiência do governo é outro ponto crucial, com candidatos, especialmente da direita, propondo a redução da estrutura estatal e o corte de gastos. A busca por um Estado mais enxuto e funcional tem sido uma constante nos debates.
Oito candidatos disputam a presidência, com pesquisas indicando uma liderança da candidata de esquerda para o primeiro turno. Três candidatos de direita aparecem na sequência, sinalizando uma disputa acirrada.
Jeannette Jara, do Partido Comunista e ex-ministra do Trabalho e Previdência Social, lidera as intenções de voto. Durante sua gestão, o Chile implementou a redução da jornada de trabalho de 45 para 40 horas semanais.
Na sequência aparece o ex-deputado José Antonio Kast, da ultradireita. Kast busca a presidência pela terceira vez, tendo chegado ao segundo turno contra o atual presidente, Gabriel Boric, em 2021.
Johannes Kaiser, do Partido Nacional Libertário, surge como um nome forte na ultradireita. Ex-aliado de Kast, Kaiser ganhou notoriedade com seu canal no Youtube.
Evelyn Matthei, da aliança Chile Vamos, representa a centro-direita na disputa. Ex-prefeita de Providência e ex-ministra do Trabalho e Previdência Social, Matthei é filiada à UDI, um partido tradicional da direita chilena.
Pesquisas sugerem que Kast, Kaiser ou Matthei poderiam vencer Jara em um eventual segundo turno, mantendo a alternância entre esquerda e direita que caracteriza a política chilena nos últimos anos.
Esta é a primeira eleição presidencial com voto obrigatório no Chile desde 2012. A votação ocorre das 8h às 18h, em cédulas de papel onde os eleitores marcam seus candidatos com caneta azul. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de mais de 50% dos votos válidos. Caso contrário, os dois mais votados se enfrentam no segundo turno, marcado para 14 de dezembro. A divulgação dos resultados está prevista para começar a partir das 20h.
Com o aumento da criminalidade no país, as propostas de segurança ganharam destaque. O aumento nos índices de homicídios e a chegada de grupos criminosos estrangeiros, como o Trem de Arágua, intensificaram o debate sobre imigração e segurança pública.
Candidatos de diferentes espectros políticos propõem medidas para combater a criminalidade, desde o endurecimento das leis e o aumento do controle nas fronteiras até a quebra de sigilos bancários para rastrear o dinheiro do crime organizado.
O próximo presidente do Chile tomará posse em 11 de março de 2026, para um mandato de quatro anos.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br

