Uma operação da Polícia Federal (PF), denominada Paralelo Cinco, foi deflagrada com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida no desvio de recursos públicos destinados à saúde. A ação, que ocorreu simultaneamente em Jaguari, no Rio Grande do Sul, e Embu das Artes, em São Paulo, cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão, além de impor medidas cautelares a diversos investigados. O esquema criminoso, investigado desde janeiro de 2024, envolve o desvio de mais de R$ 340 milhões, repassados entre 2022 e agosto de 2025, por meio de empresas de fachada e entidades interpostas, prejudicando diretamente o funcionamento dos hospitais municipais nas cidades envolvidas. A operação visa responsabilizar os envolvidos e recuperar os recursos desviados, garantindo que sejam utilizados para o bem-estar da população.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Operação Paralelo Cinco: Detalhes da Investigação
Desvio Milionário e Empresas de Fachada
A investigação da Polícia Federal revelou um intrincado sistema de desvio de recursos públicos, no qual um grupo de empresários de Porto Alegre assumiu a gestão dos hospitais de Jaguari e Embu das Artes. Entre 2022 e agosto de 2025, o grupo recebeu mais de R$ 340 milhões em repasses provenientes de fontes municipais, estaduais e federais. Para ocultar o destino dos recursos, a organização criminosa emitia notas fiscais falsas e dispersava os valores para inúmeras contas de pessoas físicas e jurídicas, desvinculadas dos serviços contratados.
Destino dos Recursos Desviados
Os recursos originalmente destinados aos hospitais eram desviados para contas-convênio, utilizadas para o pagamento de despesas pessoais dos envolvidos no esquema. Entre os gastos identificados, destacam-se aluguéis de imóveis de alto padrão, viagens de luxo e remunerações elevadas a funcionários que não prestavam serviços. Essa prática lesava diretamente os hospitais e a população, que dependia dos serviços de saúde.
Medidas Judiciais e Constrição Patrimonial
Intervenção nos Hospitais e Medidas Cautelares
Diante da gravidade da situação, o Juízo das Garantias da 2ª Vara Federal de Santana do Livramento determinou a intervenção nos hospitais municipais envolvidos no esquema. Além disso, foram decretadas medidas cautelares contra os 20 investigados, incluindo o afastamento de funções, a suspensão de atividades econômicas, a restrição de acesso a órgãos públicos e a proibição de contato entre os envolvidos.
Sequestro de Bens e Bloqueio de Contas
A operação da Polícia Federal também executou medidas de constrição patrimonial, visando recuperar os recursos desviados e responsabilizar os envolvidos. Foram sequestrados 14 imóveis, apreendidos 53 veículos e uma embarcação, além do bloqueio de mais de R$ 22,5 milhões em contas bancárias. As investigações continuam em andamento, com o objetivo de rastrear ativos e reforçar o conjunto probatório.
Conclusão
A Operação Paralelo Cinco representa um importante passo no combate à corrupção e ao desvio de recursos públicos na área da saúde. Ao desmantelar essa organização criminosa e recuperar parte dos valores desviados, a Polícia Federal demonstra seu compromisso com a defesa do patrimônio público e a garantia do acesso à saúde para a população. As investigações prosseguirão, visando identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los pelos crimes cometidos.
FAQ
1. Qual o valor total desviado pela organização criminosa?
Mais de R$ 340 milhões foram desviados entre 2022 e agosto de 2025, por meio de repasses municipais, estaduais e federais.
2. Quais crimes os suspeitos devem responder?
Os suspeitos devem ser interrogados pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de capitais e outros delitos conexos.
3. Quais órgãos auxiliaram a Polícia Federal na operação?
A operação contou com o apoio técnico do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul e da Controladoria-Geral da União.
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