O anúncio recente do governo dos Estados Unidos sobre a redução de tarifas sobre produtos agrícolas brasileiros, incluindo a carne bovina, é visto como um possível marco para a retomada do fluxo comercial normal entre os dois países. A avaliação é de Roberto Perosa, presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Segundo Perosa, o mercado americano enfrenta atualmente uma escassez de gado, o que eleva a competitividade da carne brasileira. Antes da imposição das tarifas, as exportações brasileiras para os EUA apresentavam um crescimento consistente.
A estimativa é que os envios de carne para os Estados Unidos tenham sofrido uma queda de aproximadamente 60% após a implementação das tarifas. No entanto, Perosa ressalta que a indústria brasileira conseguiu redirecionar parte de sua produção para outros mercados.
“O Brasil tem flexibilidade de definição de destinação muito fácil”, afirmou o presidente da Abiec. O país tem buscado aumentar suas exportações para a Ásia, com destaque para a China, além de abrir novos mercados como Indonésia, Malásia e Vietnã.
Perosa acredita que o recuo nas tarifas é resultado de negociações e da mobilização do setor privado, mas reconhece que as conversas ganharam novo impulso após o encontro entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos. Ele enfatiza que o governo brasileiro teve um papel fundamental nesse processo.
O presidente da Abiec também destaca a pressão interna nos EUA como um fator importante para a decisão de reduzir as tarifas. A medida pode ser vista como uma forma de o governo americano combater a inflação e garantir o abastecimento de produtos que não têm oferta abundante no mercado interno.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
